O QUE É O TEATRO INVISÍVEL

“Entro na sala e sinto o cheiro das cadeiras e dos projetores.
Subo ao palco e sinto a brisa dos espíritos que o protegem.
Fecho os olhos e assalta-me a vontade.
Quando toco nas tábuas sobe o arrepio do futuro.
Oiço as pancadas nos bastidores, e o burburinho silencia.
Fico invisível e o pano abre.”

Pedro Giestas

A identidade, por ser essencial, é invisível aos olhos. O Teatro Invisível nasceu dessa demanda: a pesquisa da nossa identidade, a quem e a que chão pertencemos, de onde vimos, o que nos faz perpetuar no tempo. Descobrir a nossa identidade cultural, através do corpo, da palavra, da escuta. Viajar até ao sítio que dizemos ser nosso.

O Teatro Invisível quer levar a cada espectador a maior magia do palco: a multiplicação, na qual cada espectador vê um espetáculo diferente, só seu, criado apenas para si, uma viagem interior onde se diverte com as suas descobertas. É um teatro pensado para todos. Para todos os que não perderam a capacidade de sonhar e de serem livres. Que o sonho é invisível, mas nunca aos nossos olhos.

O Teatro Invisível foi criado em 2003 com o objectivo de resgatar e desenvolver elementos da nossa identidade cultural.

Quase sempre em ambiente rural e em processos comunitários desenvolvemos processos integradores e com um forte caráter local. Adaptamos linguagens, e motivamos a comunidade a uma grande participação.

Já desenvolvemos projectos um pouco por todo o país, levando dinâmicas e sinergias mas acima de tudo enriquecendo as nossas memórias e saberes.

A construção de artefactos teatrais é o culminar de um processo que se deseja de aprendizagem e acima de tudo de criação de estruturas que possam permanecer e dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos.

Depois de 3 anos em Óbidos num projecto designado Anatomia da Identidade, o Teatro Invisível desenvolve agora linguagem de bonecos para crianças e adultos num projecto designado Anel das Fábulas.

E assim vamos.

O Teatro Invisível nasce da vontade de saber mais sobre a nossa identidade cultural. Saber a que pertencemos, de onde vimos, através do corpo da palavra e da escuta. Cada espetáculo é uma procura pelas nossas raízes. 

Fundado pelo ator Pedro Giestas, em (data), o Teatro Invisível dirige-se a todas as idades e tem um único requisito: saber sonhar. 

O ANEL DAS FÁBULAS

“Uma arena, um circo, uma tenda, uma barraca, um círculo, um anel.

Uma manta de memórias tingidas com estórias de avós.

Uma coberta que proteja os sonhos de nos escaparem demasiado rápido.”

O Anel das Fábulas é um vitral de retalhos, através do qual podemos olhar o sonho. Costurado por dezenas de avós dos centros de dia do projeto “ Melhor Idade” do concelho de Óbidos é o resultado de uma imensa dedicação. 800 retalhos e 80 avós, todos cerzidos num único sonho.

O anel das fábulas é um espetáculo para todas as idades, onde as marionetas não mais do que simples marionetas: são brinquedos. Sem fios, nem pegas. A técnica que lhes dá a vida vem da vontade de viver de cada boneco. 

No círculo do Anel das Fábulas forma-se um triângulo mágico, feito pelo boneco, pelo público e pelo forjador. Mágico, pois dentro dele vive o sonho em que os outros acreditam.

O PAI QUE SE TORNOU MÃE

O que é “dar à luz”?
Quando pensamos em nascimento, pensamos em milagre, em luz, no ventre feminino em forma de lua à espera de dar à luz”.
Quando Mário e Maria, dois cavalos marinhos, decidiram ter bebés nunca imaginaram que a sua estória iria ser diferente. 

Entre baleias e golfinhos, tempestades e marés, o pai que se tornou mãe, submerge-nos, até ao aos limites do amor. A fantástica aventura da vida, contada a partir de um nascimento… 

… e com um final feliz. 

O PEIXINHO QUE DESCOBRIU O MAR

Num aquário, a vida acontece entre quatro paredes de vidro… frio. 

Quando o sonho se esconde num desejo compulsivo, às vezes tomam-nos por loucos. 

Mas o desejo de liberdade alimenta os sonhos e Cristóbal, nunca desiste de acreditar. Há qualquer coisa dentro de cada um de nós que nos impele a perseguir os nossos sonhos, as nossas crenças. 

O universo inteiro dentro de uma caixa de vidro? 

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Cristóbal, o peixinho, não conseguia deixar de acreditar num mundo maior, o seu sonho não cabia em tão pouca água, e a sua vontade afogava-se naquele aquário.

Ele acreditava que o mar existia, e embora tenha sofrido para que o seu sonho se tornasse realidade, a aventura que viveu deu-lhe muito mais do que poderia ter imaginado.

E não foi só para Cristóbal que esta aventura, se tornou a mais importante da sua vida. Quando sonhamos arrastamos os outros com o nosso sonho e isso semeia sorrisos à nossa volta.

ESTRANHÕES E BIZARROCOS

Jácome é um inventor. Mas quem o conhece bem, diz que também é um poeta, um sonhador, um revolucionário. 

A vida de Jácome, é muito simples, porque Jácome é um homem simples. 

Estranhões e Bizarrocos é uma estória sobre a amizade, sobre as complicações e a singeleza das relações humanas. Mostra-nos como depende de nós o desejo de nos compreendermos e aceitarmos. E que tantas vezes a amizade se esconde nas criaturas mais estranhas e inesperadas. E tudo aquilo que fazemos nos faz crescer e por isso é muito importante. 

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No dia em que Jácome se sentiu perdido e abandonado por aqueles que considerava seus amigos, descobriu que era preciso uma revolução para mudar o planeta.
Descobriu também que para amar é preciso compreender e aceitar, e que no mundo são as crianças que nos ensinam a amar.

MORFEU, O PREGADOR DE SONHOS

MORFEU, é uma personagem vinda do mundo dos sonhos que agora habita na Terra.

Ele é um pregador de sonhos pois relembra às pessoas com quem fala, os sonhos que estão por realizar.

O ator faz a sua apresentação, contando a sua estória a pequenos grupos ou famílias e vai repetindo, sempre que termina e encontra outro grupo. Cada apresentação demora cerca de 5 minutos.

Durante o contar da estória Morfeu, constrói um fuxico e antes de o pregar à pessoa escolhida pede-lhe que segrede para o fuxico o seu sonho por realizar.

Depois de um momento em que a pessoa se compromete com o seu sonho e Morfeu ele prega o fuxico à roupa e a apresentação termina.

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Tal como a andorinha, também o teatro é um eterno retorno que se alimenta daquilo que é invisível aos olhos.

A VISITA

“Um homem dentro da mais absoluta solidão de uma aldeia de Portugal, igual a todas as aldeias onde já ninguém vive, nessa aldeia vazia de gente, só um ser inventado, pode contar, ou inventar histórias que talvez nunca existiram”

A visita é um espetáculo construído com linguagem teatral experimental, que usa a memória do mundo rural, o universo poético do popular utilizando a ficção do teatro contemporâneo. Costumes, lendas, falares, cantares e a ficção poética desenham o universo do imaginário de um homem esquecido numa aldeia de Portugal.

A vista é a história de António, sobrevivente numa aldeia deserta. A memória de António é o testemunho do vazio, da identidade esquecida. Um monólogo sobre a luta poética que trava com o invisível da própria vida, a comédia e a loucura da sua resistência, são os principais condimentos utilizados na construção desta dramaturgia.

PEDRO GIESTAS, o actor

Nasceu em Vouzela em Abril de 74.

Concluiu a sua formação como ator em 1995 na ESTC e depois licenciou-se em Teatro e Educação na mesma escola. E pós graduou-se em Marionetas e Figuras Animadas ma ESELX em 2023.

Depois de terminar o conservatório dedicou-se apenas à representação como ator.

Passou pelo teatro, cinema e televisão e por  dobragens de filmes de animação.

Mário Feliciano, João Mota, Carlos Avilez, Ricardo Pais, Mário Vigas, Maria do Céu Guerra, João Lourenço, Maria Emília Correia, Rui Mendes, Ana Nave, Bruno Bravo, Rita Lello, Teresa Villaverde, Laurence Ferreira Barbosa, Nicolau Breyner, Manuel Amaro da Costa, Sérgio Graciano, Patrícia Sequeira, Luís Galvão Teles, Almeno Gonçalves, Cláudia Cadima, José Jorge Duarte, Ermelinda Duarte, e o Mestre Moncho Rodriguez são apenas alguns dos diretores com quem trabalhou.

Agora, PEDRO GIESTAS, o bonequeiro

Desde cedo que quis subir aos palcos. Fosse para cantar, dançar, tocar e claro representar. A primeira vez que pegou numa marioneta tinha 7 anos, atrás da mesa da professora na sala de aula. As marionetas, presentes em várias mostras de teatros, foram-no aproximadas de um caminho, aonde chegou em 2016. Ano em que, num projeto em Óbidos e em contexto comunitário, cria o Anel das Fábulas.

Sem qualquer tipo de formação como manipulador, retira os bonecos do seu contexto natural e leva-os para a cena sem qualquer espécie de alteração técnica que os possa transformar em marionetas. Manipula, tal como as crianças o fazem quando brincam com seus bonecos. Depois de estrear O Pai Que se Tornou Mãe, de José Eduardo Agualusa, em 2017, no Poeiras, já passou por vários eventos e festivais, nomeadamente no Fólio 2017 e nas Palavras Andarilhas, em 2018. Assim se juntou aos bonequeiros, com a sua tenda de saltimbanco com vontade de percorrer caminho.

O pai que se tornou mãe

O que é “dar à luz”?

Quando pensamos em nascimento, pensamos em milagre, em luz, no ventre feminino em forma de lua à espera de “dar à luz”.

Quando Mário e Maria, dois cavalos marinhos, decidiram ter bebés nunca imaginaram que a sua estória iria ser diferente.

Entre baleias e golfinhos, tempestades e marés, o pai que se tornou mãe, submerge-nos, até ao aos limites do amor. A fantástica aventura da vida, contada a partir de um nascimento…

… e com um final feliz.

Visite-nos.
No teatro invisível é sempre primavera para nos visitar.

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